Da altura de salto ao RSImod: uma breve revisão dos avanços no monitoramento da prontidão neuromuscular
- Weber, Gabriel (UFSM)
- Schwaab, Renan Luis (UFSM)
- Laporta, Lorenzo (UFSM)
Esta revisão objetiva avaliar criticamente o uso do Reactive Strength Index (RSI) na avaliação
da prontidão pelo Countermovement Jump (CMJ). A altura de salto (JH) é uma métrica de
desempenho onipresente no monitoramento esportivo devido ao baixo custo e boa
aplicabilidade em campo. Entretanto, apresenta inconsistências, além de se correlacionar
somente com variáveis concêntricas e retornar à linha de base em 24h pós-exercício. O RSI,
por outro lado, é uma métrica cinética que coliga tempo de contato com o solo e JH e se
correlaciona com todas as fases do Ciclo Alongamento-Encurtamento (CAE) e apresenta
sensibilidade até 72h. Inicialmente originado em 1995 com drop jumps, o RSI foi modificado
em 2010 (RSImod) para aplicar-se a outros testes pliométricos e o CMJ é um dos mais utilizados
dado à validade ecológica e simplicidade. Embora associe-se, geralmente, ao desempenho
físico, sua aplicabilidade na verificação do status neuromuscular poderia contribuir à análise da
prontidão, mas é limitada por protocolos longos que geram fadiga e estratégias de ritmo. Por
isso o Teste de Saltos Repetidos 10/5 (RTJ) apresenta-se como alternativa, pois reflete os perfis
de fadiga-recuperação da contração voluntária máxima e se adequa à rotina de monitoramento
pré-exercício. Por fim, a aplicação recorrente do RTJ 10/5 pré-exercício permite a intervenção
individualizada e imediata em diferentes contextos de treinamento. Todavia, há pouca literatura
embasando o teste e sua aplicabilidade na prontidão, logo, sugere-se a estudos futuros comparar
diferentes protocolos a fim de compreender melhor a prontidão e orientar os profissionais.
Palavras-chave: monitoramento do treinamento, saltos verticais, salto vertical com
contramovimento.