ASSOCIAÇÕES MORFOLÓGICAS REGIONAIS ENTRE A HIPERTROFIA MUSCULAR E A REDUÇÃO DE GORDURA SUBCUTÂNEA
- da Silva Alves, Alan Expedito (UFSM)
- Ribeiro Diniz, Rodrigo Cesar (UFMG)
- Lima, Fernando Vitor (UFMG)
- Dutra Leite-Nunes, Tiago (UFSM)
- de Oliveira Antunes, Pedro (UFSM)
- Iop Laporta, Lorenzo (UFSM)
- Ferreira Pedrosa, Gustavo (UFSM)
Pesquisas anteriores conduzidas por nosso grupo identificaram que diferentes regiões musculares apresentam níveis distintos de hipertrofia. Isso levanta uma questão importante: a gordura subcutânea localizada sobre essas regiões hipertrofiadas também se modifica de maneira correspondente, seguindo um padrão semelhante? Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar se regiões musculares que apresentaram maior hipertrofia após um protocolo de treinamento resistido também demonstraram maiores reduções de gordura subcutânea localizada. Para isso, nove mulheres destreinadas realizaram 36 sessões de treinamento ao longo de 12 semanas utilizando uma cadeira extensora com amplitude parcial de movimento ( 65° a 30° de flexão do joelho). Antes e após o treinamento, a área de secção transversa (AST) do músculo reto femoral e a espessura da gordura subcutânea foram avaliadas por ultrassonografia em quatro regiões (do proximal ao distal) ao longo do fêmur (40%, 50%, 60% e 70%). A análise estatística revelou diferenças significativas nos níveis de hipertrofia entre as regiões musculares (11,56% a -3,56%); porém, não foram observadas diferenças significativas na redução de gordura subcutânea entre essas regiões (-9,48% a -0,15%). Além disso, não foram encontradas correlações significativas entre a hipertrofia regional e a perda de gordura regional. Esses achados sugerem que, embora a hipertrofia muscular possa ocorrer de forma específica por região, essa adaptação não está necessariamente associada à redução de gordura localizada—reforçando a noção de que a perda de gordura é predominantemente sistêmica e regulada por mecanismos que vão além das adaptações hipertróficas.